segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Você é pobre, cego e nu?



Jesus através de João se dirige a igreja cristã que estava em Laodicéia, a fim de conscientizá-la do seu triste estado espiritual. A cidade era um importante centro bancário e de troca de moedas, localizada em um centro comercial próspero. Talvez por isso a igreja daquela cidade fosse constituída de membros bem sucedidos financeiramente que os fazia pensar que era o suficiente para ser uma igreja de valor.

Todavia Jesus refuta essa idéia quando a classifica como sendo “pobre, cego e nu”. Esse estado era parte da descrição da igreja de Laodicéia que a colocava na condição de igreja sem Cristo, inclusive com uma das características mais marcantes de decadência espiritual já citadas na bíblia: a mornidão (Ap 3:15-16).
Sabemos que na condição de homens, estamos sujeitos a pecar, temos limitações e dificuldades. Porém se afirmarmos que somos pobres, cegos e nus, ainda que involuntariamente, estamos nos colocando na mesma condição da igreja em Laodicéia, totalmente contrária a de um cristão que tem o seu coração quebrantado e, mesmo na dificuldade luta para servir a Deus fielmente.

A música é uma arte e no contexto da adoração, lança mão da poesia lírica¹ para expressar os mais profundos sentimentos de um coração dependente de Deus.
Todavia, devemos ter cuidado com tais expressões observando bem a palavra de Deus, pois como escritura divinamente inspirada traz mensagens perfeitamente constituídas com afirmações pertinentes a cada caso.

Portanto a expressão de Cristo para com aquela igreja pode até servir como expressão de adoração. Mas pense bem! Você está no mesmo estado dos crentes em Laodicéia, ou já tem Jesus Cristo morando em você, apesar da sua estrutura? (Sl 103:14).


Gidalti Oliveira
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1) Gênero Literário, que utiliza elementos que valorizam o “eu” poético para expressão.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

VALORES PIONEIROS


Cresci em um lar evangélico. Cumpriu-se em minha família o conselho bíblico de Provérbios 22.6. Contudo, na minha adolescência, eu ficava dividido entre o conservadorismo de alguns irmãos de nossa igreja, principalmente os pastores mais antigos e as idéias de pessoas que achavam o que não era por meio da rigidez, sobretudo quanto aos usos e costumes, que poderíamos manter o título de “sal e luz”. E isso se arrasta até hoje...

Mas o que temos percebido é que, pelo “andar da carruagem” não vai demorar muito para que valorizemos (pelo menos quem preza pelos princípios do verdadeiro evangelho) aquela rigidez citada acima.

Temos visto muitos darem passos a distanciar-se do que é e deve ser a igreja enquanto povo separado. Um dia desses, quando eu chegava a capital do nosso estado, ouvi um anúncio em uma rádio que me deixou pasmo. Era mais ou menos o seguinte:
“Tá de bobeira no sábado a noite? Venha para a AJ! Muita curtição, gente bonita para alegrar sua noite de sábado. Venha se divertir na AJ!”
É... A chamada acima era para um evento cristão!

Ah! O que tem de errado nisso? Você, caro leitor, pode até perguntar-me!

Os anúncios de baladas e festas seculares, que nada tem a ver com crente, na minha cidade e em outros lugares são parecidos com esse acima!

Digamos que fosse uma estratégia para chamar a atenção dos baladeiros... e quando os mesmos chegassem ao tal lugar, se deparassem com uma festa cristã...
Creio que ainda que fosse assim, está errado! A igreja nunca precisou se camuflar para ganhar almas, nem para conquistar o perdido. O que conquista os perdidos é o poder da palavra e a atuação do Espírito Santo!

É a falsa idéia de que o evangelho tem que se adaptar ao momento, a época. Negativo! O evangelho é que muda os comportamentos, a despeito da época! Sempre foi assim e deve continuar assim! “Aquele que é santo, santifique-se mais ainda”. Aquele que demonstra ser separado, diferente (distinto não apenas por dentro, como alguns dizem) deve manter sua posição.

Acho que estou regredindo quanto a nossos princípios e, logo logo, chegarei ao tempo de nossos pioneiros! A progressão de nossos ideais, de nossos valores, pelo menos no formato que estamos vendo, não é saúde nem vantagem para nós enquanto igreja!
Deus tenha misericórdia de nós!


Gidalti Oliveira

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Inteligencia Máxima




Ter um bom desempenho em um teste de QI empolga a gente. Ter habilidades que nos permitam resolver problemas “na bucha” podem nos tornar um grande profissional em qualquer área.

Mas como fazer para ter essas qualidades? Como exercitar e adquirir sabedoria?
Sem dúvida, os livros ajudam; as faculdade contribuem. Mas há uma fonte de sabedoria que não para de jorrar.

A Palavra de Deus afirma:
O Temor do Senhor é o princípio da sabedoria... (Provérbios 9:10).
Segundo o dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/dlpo) Temor é: Medo, receio; mas também é definido como sentimento respeitoso. E é nesse sentido que a bíblia usa esse termo.

Quando tememos a Deus, o respeitamos, reconhecemos sua soberania.

Quando aprendemos que todo o nosso sustento provém de Deus, inclusive nossas capacidades intelectuais, passamos a desfrutar de tudo que ele pode nos oferecer. Por isso Salomão afirma que a sabedoria provém de Deus, em temê-lo, colocando-o em primeiro lugar.

Ademais, a palavra de Deus nos respalda nesse assunto quando o apóstolo Paulo afirma em Tiago 1.5:

"Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida".

Deus não hesita em dispensar sobre nós a sabedoria do alto. Ele quer nos abençoar, sempre.

Todavia, se confiarmos apenas nos nossos recursos (Sl 20:7) corremos o risco de vacilar, mas tendo o Senhor Jesus como nosso Mestre teremos sempre os melhores conselhos, os melhores caminhos, e por conseqüência, os melhores destinos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ainda sou desse tempo!

AINDA SOU DO TEMPO

Ainda sou do tempo em que ser crente era motivo de críticas e perseguições. Nós não éramos muitos, e geralmente éramos considerados ignorantes, analfabetos, massa de manobra ou gente de segunda categoria. Os colegas da escola nos marginalizavam. Os patrões zombavam de nós. A sociedade criticava um povo que cria num Deus moral, ético, decente, que fazia de seus seguidores pessoas diferentes, amorosas, verdadeiras e puras. Não era fácil. Mas nós sobrevivemos e vencemos. Sinto falta daquela perseguição, pois ela denunciava que a nossa luz era de qualidade, e ofuscava a visão conturbada de quem não era liberto. E, por causa dessa luz, muitos incrédulos foram conduzidos ao arrependimento e à salvação. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que os crentes não tinham imagens em suas casas, em seus carros ou como adereços de seus corpos. Nós não tatuávamos os nossos corpos e nem colocávamos "piercings" em nossa pele. Críamos que os nossos corpos eram sacrifícios ao Senhor, e que não nos era lícito maculá-los com os sinais de um mundo decadente, um deus mundano e uma cultura corrompida. Dizíamos que tatuar o corpo era pecado. Não tínhamos objetos de culto em nossas igrejas. Aliás, esse era um de nossos diferenciais: nós éramos aqueles que não admitiam imagens em lugar algum. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que pornografia era pecado. Nós não considerávamos fotos eróticas ou filmes pornô um "trabalho profissional", mas uma prostituição do próprio corpo e uma corrupção moral. Ao nos convertermos, convertíamos também os nossos olhos, e abandonávamos as revistas pornográficas, os cinemas de prostituição e os teatros corrompidos. Os que eram adúlteros se arrependiam e pagavam o preço do que fizeram, e começavam vida nova. Os promíscuos mudavam seu comportamento e tornavam-se santos em todo o seu procedimento. Nós, os adolescentes, deixávamos os namoros e os relacionamentos orientados pelos filmes mundanos, e primávamos por ser como José do Egito, que foi puro, ou o apóstolo Paulo, que foi decente. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que nos vestíamos adequadamente para o culto. Aliás, além do nosso testemunho moral, nós nos identificávamos pelas roupas. Se pentecostais, usávamos roupas sociais bastante formais, e éramos conhecidos aonde quer que íamos, pois ninguém mais se vestia tão formalmente assim em pleno domingo à tarde. Se de outras denominações, como eu, não chegávamos a esse extremo, mas nos trajávamos socialmente, com o melhor que tínhamos, dentro de nossas possibilidades, porque críamos que, se íamos prestar um culto a Deus, a ocasião nos exigia o melhor, e buscávamos dar o melhor para Deus. Era a famosa "roupa de missa", "roupa de igreja". Mesmo pobres, tínhamos o melhor para Deus. E sempre algo decente: camisas sociais, calças bem passadas, um sapato melhor conservado, um blaizer ou uma blusa bem alinhada. As mulheres usavam seus melhores vestidos, suas melhores saias e seus conjuntos mais femininos. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que nossos hinos falavam de Cristo e da salvação. Cantávamos muito, e nossas músicas não eram tão complexas como as de hoje. Mas todos acabávamos por decorá-las. Suas mensagens eram simples e evangelísticas: "foi na cruz, foi na cruz", "andam procurando a razão de viver"; "Porque Ele vive, posso crer no amanhã", "Feliz serás, jamais verás tua vida em pranto se findar", "O Senhor da ceifa está chamando"; "Jesus, Senhor, me achego a ti", "Santo Espírito, enche a minha vida", "Foi Cristo quem me salvou, quebrou as cadeias e me libertou", etc. Não copiávamos os "hits" estrangeiros, ou as danças mundanas, mas buscávamos algo clássico, alegre, porém, solene. E dançar o louvor? Jamais! Não ousávamos, nem queríamos; nunca soubéramos que o louvor era "dançante"; as danças deixamos em nossas velhas vidas mundanas. Porém, mesmo não as tendo, éramos alegres e motivados. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que as denominações e igrejas tinham personalidade. As denominações eram poucas e bastante homogêneas. Sabíamos que a Assembléia de Deus era pentecostal e usava indumentária formal; os presbiterianos eram os melhores coristas que existiam; os adventistas tinham uma fé estranha, numa profetisa semi-contemporânea, mas tinham os melhores quartetos masculinos; os melhores solistas eram batistas, etc. Nossas liturgias eram bastante diferentes: os conservadores eram formais, seus cultos silenciosos, enquanto um orava, os outros diziam amém. Já os pentecostais oravam todos ao mesmo tempo e cantavam a Harpa Cristã. Nós nos considerávamos irmãos, não há dúvida. Mas tínhamos personalidade. Hoje tudo é diferente.

E eu não sou velho! Isso tudo não tem 26 anos ainda! Na década de 80 ser crente era ser assim! Meu Deus, como o mundo mudou! Como a chamada Igreja Evangélica se deteriorou! Hoje eu sinto vergonha de ser considerado evangélico!

Hoje é moda ser crente, ou melhor, "gospel". Você é artista pornô, mas é crente. Você é do forró pé-de-serra, mas é crente. Você é ladrão, mas é crente. Você é homossexual assumido, mas é crente. Não importa a profissão, o comportamento, a moral, a índole, ser crente é apenas um detalhe. Aliás, dá cartaz ser crente: hoje muitos cantores "viram crentes" pra vender seus CD's encalhados, pois o "povo de Deus" compra qualquer coisa. Não há diferença entre o santo e o profano, o consagrado e o amaldiçoado, o lícito e o proibido, o justo e o injusto. Qualquer coisa serve. O púlpito pode ser uma prancha de surf, uma cama de motel ou um palanque eleitoral; a forma não importa. Ser crente é apenas um detalhe, uma simples nomencalatura religiosa.

Hoje os crentes tatuam as suas peles, mesmo sabendo que a Bíblia condena o uso de símbolos e marcas no corpo de quem se consagra a Deus. Criamos nossos próprios símbolos, nossos próprios estigmas e nossas próprias tribos. Hoje há denominações que dão opções de símbolos para que seus jovens se tatuem. O "piercing" deixou de ser pecado, e passou a ser "fashion", e está pendurado na pele flácida de roqueiros evangélicos e "levitas" das igrejas, maculando a pureza de um corpo dedicado ao Deus libertador. Mulheres há que enchem seus umbigos e outras partes de pequenas ferragens, repletas de vaidade e erotismo mundano, destruindo, assim, qualquer padrão cristão de consagração corporal. Meninos tingem seus cabelos de laranja, e mocinhas destróem seus rostos com produtos, pois agora todo mundo faz, e "Deus não olha a aparência". (Ainda bem, pois se olhasse, teria ânsia de vômito...)

Hoje ir à igreja é como ir ao mercado ou às barracas de feira e de artesanato: um evento efêmero, informal, meramente turístico. Não há mais cuidado algum no trajo cultuante. Rapazes vão de bermudas, calções (e, pasmem os senhores, de sungas!), até sem camisa, porque Deus não é "bitolado, babaca ou retrógrado". Garotas usam suas mini-saias dos "rebeldes" e exibem umbigos cheios de "piercings", estrelinhas e purpurinas pingando dos cabelos e roupas, numa passarela contínua do modismo eclesiástico. Se alguém ainda vai modestamente ao culto, seja jovem, seja velho, ou é "novo convertido", ou é "beato". É típico encontrarmos pastores dizendo aos "engravatados": "Pra que isso, irmão? Vai fazer exame laboratorial?" E, continuamente, vão demolindo qualquer alicerce de reverência e solenidade para o ato do culto.

Hoje as nossas músicas pouco falam de Cristo. Somos bitolados por um amontoado de "glórias", "aleluias", "no trono", "te exaltamos", "o teu poder", etc. Misturamos essas expressões, colocamos uma pitada de emoções, imitamos os ícones dos megaeventos de louvores, e gravamos o nosso próprio cd, que, de diferente, tem a capa e o timbre de algumas vozes, talvez alguns instrumentos, mas, no mais, não passam de cópias das cópias das cópias. E Jesus? Ah, quase nunca o mencionamos, e, quando o fazemos, não apresentamos qualquer noção do que Ele é ou representa para o nosso louvor. Não falamos mais que Ele é o caminho, a verdade e avida, não o apresentamos como Senhor e Salvador, não informamos ao ouvinte o que se deve fazer para tê-lo no coração, apenas citamos seu nome ou dizemos um aleluia para ele.

Hoje, entrar em uma igreja é como ter entrado em todas: é tudo igual. O mesmo sistema, as mesmas cantorias, a seqüência de eventos, os rituais emocionais, as pregações da prosperidade, de libertação de maldições ou de mega-sonhos "de Deus" (como se Deus precisasse sonhar, como se fosse impotente ou dependente da vontade humana). Transformamos nossas igrejas em filiais de uma matriz que não sabemos nem aonde fica, mas que se representa nas comunidades da moda. Não há mais corais, não há mais solistas, não há mais escolas dominicais fortes, não há mais denominações com características sólidas, não há mais nada. Tudo é a mesma coisa: uma hora e meia de "louvor", meia hora de "ofertas" e quinze minutos de "pregação", ou meia hora de "palavra profética e apostólica". Que desgraça!

Hoje trouxemos os ídolos de volta aos templos: são castiçais, bandeiras de Israel, candelabros, reproduções de peças do tabernáculo do velho testamento, bugigangas e quinquilharias que vendemos, similares aos escapulários católicos que tanto criticávamos. Hoje não nos atemos a uma cruz sem Cristo, simbólica apenas. Hoje temos anjinhos, Moisés abrindo o Mar Vermelho, Cristo no sermão da Montanha. O que nos falta ainda? Nossas bíblias, para serem boas, têm que ser do "Pastor fulano", com dicas de moda, culinária, negócios e guia turístico. Hoje temos bíblias para mulheres, para homens, para crianças, para jovens, para velhos, só falta inventarmos a bíblia gay, a bíblia erótica, a bíblia do ladrão, a bíblia do desviado. Bíblias puras não prestam mais. E, mesmo tendo essas bíblias direcionadas, QUASE NINGUÉM AS LÊ! Trazemos rosas para consagrar, rosas murchas para abençoar e virar incenso em casa, sal groso para purificar, arruda para encantar, folhas de oliveira de Israel e água do Rio Jordão (Tietê?) para abençoar, vara de Arão, de Moisés, e sabe lá de quem mais! Voltamos às origens idólatras! Parece o povo de Israel, que, ao morrer um rei justo, emporcalhavam o país com suas idolatrias e prostitutas cultuais. E se alguém ousa ser autêntico, é taxado de retrógrado. Com isso, surgem os terríveis fundamentalistas, que abominam tudo, ou os neopentecostais, que são capazes de transformar a igreja num circo, fazendo o povo rir sem parar ou grunir como animais.

Meu Deus, o que será daqui há alguns anos? Será que teremos que inventar um nome novo para ser evangélico à moda antiga? Parece que batista, assembleiano, presbiteriano, luterano ou metodista não define muita coisa mais! Será que ainda haverá púlpitos que prestem, pastores que pastoreiem, louvores que louvem a Deus? Será que seremos obrigados a usar "piercing" para nos filiarmos a alguma igreja? Será que nossos cultos serão naturistas? Será que ainda haverá Deus em nosso sistema religioso?

É CLARO QUE HÁ EXCEÇÕES! E eu bendigo a Deus porque tenho lutado para ser uma dessas exceções. É claro que o meu querido leitor, pastor, louvador, membro de igreja, missionário, também tem buscado ser exceção. Mas eu não podia deixar de denunciar essa bagunça toda, esse frenesi maligno, esse fogo estranho no altar de Deus! Quando vejo colegas cuspindo no povo, para abençoá-los, quando vejo pastores dizendo ao Espírito Santo "pega! pega! pega!", como se fosse um cachorrinho, quando vejo pastores arrancando miúdos de boi da barriga dos incautos doentes que a eles se submetem, quando vejo um evangelho podre arrastando milhões, quando vejo colegas cobrando dez mil reais mais o hotel, ou metade da oferta da noite, para pregar o evangelho, então eu me humilho diante de Deus, e digo: "Senhor, me proteja, não me deixa ser assim!"

Que Deus tenha piedade de nós.”

Wagner Antonio de Araújo
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