sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Uma Cruz Pessoal


A essência do Evangelho de Jesus é simples: Consiste em Arrepender-se.
Arrependimento e vida de renúncia são os primeiros passos a caminho da salvação. Mas é incontestável que, quem recebe a Jesus como único e suficiente salvador, passa a desfrutar de grandiosas bênçãos seja de ordem material ou espiritual. Deus afirma ser o dono da prata e do ouro (Ag 2.8). Entendemos que sendo filhos dEle, temos direito às coisas dEle, por herança. Prata e Ouro são fatores materiais, nos fazendo compreender que podemos alcançar bens materiais valiosos se confiarmos que Deus pode suprir as nossas necessidades ou ainda realizar nossos desejos por coisas físicas, ainda que sejam passageiras.
Às vezes enfatizamos demasiadamente o conceito acima exposto, esquecendo-nos de que existem outras situações a serem vividas por quem abraça o evangelho. Precisamos passar por estágios que culminarão na plenitude da vida de Jesus em nossas vidas.
Jesus expôs algo muito importante para a vida do Cristão e que muitas vezes esquecemos: LEVAR A CRUZ (Lc 9.23). Para entender o sentido da cruz em nossas vidas é interessante nos reportarmos ao próprio Jesus e ao fato de Ele ter carregado um madeiro pesado.
Qual o significado da cruz que Jesus carregou? “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossa iniqüidades;” (Is. 53.4-5)
Para libertar o homem do pecado, um mal que nasce no coração e faz com que o físico transgrida contra a vontade de Deus (Mc 7.15), Jesus teve que padecer dores físicas, que entre outros sofrimentos se caracterizou na cruz. O homem por sua vez, deve entender a dor que Cristo sofreu aceitar o sacrifício vicário de Cristo e tê-lo como exemplo para se separar do mundo, padecendo assim a sua própria cruz. Obviamente a cruz pessoal do indivíduo não é igual a que Jesus levou. Mas representa um jugo que certamente levará o ser humano a entender e aceitar tudo que Jesus sofreu.
Jesus não se absteve da cruz, não transferindo aquele peso a outrem. E é mais ou menos essa a idéia da nossa cruz pessoal. Em determinado momento, Jesus, sendo homem e tendo o físico bastante debilitado, contou com a “ajuda” de alguém. Em certos momentos até podemos dividir a cruz com alguém que se disponha a nos ajudar, pois, tentar dividir nossos sofrimentos com alguém incompreensivo às circunstâncias poderá tornar ainda mais pesado nosso jugo.
Assim como Cristo, não devemos ter a idéia de que podemos transferir o sacrifício pessoal da cruz para alguém, nem mesmo para aquele que suportou o maior peso já conhecido, (Is. 53.4-5) padecendo por nós e nos justificando pelo seu sacrifício. Ele nos encoraja afirmando estar conosco, motivo suficiente para acreditarmos que, ainda que seja tão difícil em certos momentos, chegaremos ao final da caminhada.

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